Vivo numa casa "glutenada". E agora?


Já abordei este tema aqui antes, mas acho pertinente lembrá-lo. E lhes contarei minha experiência!

Existem duas realidades: daqueles que eliminam o glúten por completo de casa e daqueles que não podem fazê-lo. Enquadro-me no segundo caso, pois, atualmente, vivo com minha mãe e tia, e ambas consomem glúten.

Com meu diagnóstico, há um ano e sete meses, houve mudanças em nossa rotina. Precisei adaptar todo um espaço para meus novos hábitos. Usar os mesmos utensílios e eletrodomésticos com quem come glúten é um grande erro, pois assim a contaminação cruzada nunca se eliminará. Por isso, controle, disciplina e respeito são fundamentais nessa rotina.

Tá! E qual a mais sensata das opções? Ter tudo separado, mas tudo mesmo, desde talheres, panelas, forno, liquidificador, bucha, pano de prato até um espaço separado na geladeira etc. Inclusive, ter cuidado na manipulação de alimentos, separando manteiga, requeijão, queijo, geleia, temperos etc. Se não houver essa separação, se não houver redução dos riscos de contaminação cruzada, os efeitos negativos do glúten continuarão a agir e os sintomas persistirão. Felizmente, dessa forma, conquistei meu espaço na cozinha e, hoje, tenho praticamente tudo separado. Além disso, aqui em casa nunca mais se manipulou farinha de trigo.

Mesmo convivendo com o glúten indiretamente, consegui, com seis meses de tratamento, negativar meus anticorpos e, com pouco mais de um ano, recuperar boa parte de meu intestino, com o retorno de minhas vilosidades (tive diagnóstico da biopsia Marsh 3).

Enfim, a melhor forma de abordar quem mora com você é conversando e conscientizando, expondo de maneira séria todos esses riscos. Sei que há pessoas que não têm seu espaço respeitado em casa, mas persistir nessa conscientização podem surtir bons resultados, afinal, toda caminhada tem seus percalços!

Se você está iniciando essa caminhada e se sente perdido, procure a Acelbra de seu estado para receber orientações!

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